quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Almas Gêmeas

(Varias fontes)

Depois de pesquisar bastante, e esperar o momento apropriado, apresento um estudo sobre "Almas Gêmeas". Peço ao Criador que te seja de muito bom proveito.

Em 2005, a Globo lançou uma telenovela de muito sucesso, nacional e internacional, chamada de “Alma Gêmea”. Tinha como trilha sonora, uma musica de Fabio Jr. cujo título era homônimo do titulo da novela.

Se não estou equivocado, pois não sou um grande fã da Globo (nem muito menos de novela), era algo de um casal, nos anos 20 ou 50, que se conhecem e se apaixonam. A moça morre assassinada, e reencarna em uma índia, e ai começa tudo de novo, até que as duas almas se reencontram (era isso mesmo? Bom, que seja...).

Muita gente entende que a idéia do ser humano ter uma alma gêmea é de origem “espírita”. Mas isto se deve em parte, a que o “espiritismo” é uma das poucas doutrinas ocidentais a defender esta idéia.

O que acontece, é que o conceito de espiritismo “oriental” é bem diferente do conceito “ocidental”. Muitas pessoas dizem “Sou espírita”, sem ao menos entender de que se trata. E muitas vezes estranham quando “tropeça” com alguma doutrina oriental.

O espiritismo ocidental é, em ultima análise, um hibrido de cristianismo (Jesus, santos, etc.), budismo (lei da “causa e efeito”, “re-encarnação”), gnose (mundos superiores e inferiores, viagens astrais e a dualidade do “espírito” e da “carne”) e até judaísmo (almas gêmeas, entre outras).

“Spirit”-“ismo”, é uma palavra francesa que quer dizer algo como “doutrina dos espíritos”, ou se formos mais semânticos: “o modo de vida dos/segundo espíritos”.

Mas o conceito da existência das “almas gêmeas” não é espírita, é uma idéia muito anterior, milenar...

Vamos buscar um pouco de informação, na própria Bíblia.

No relato de Genesis, no sexto dia (ou período) da criação, o Eterno criou um ser muito especial, diferentes de todos os demais já criados, e Ele os criou - “... macho e fêmea os criou...”.

Segundo o judaísmo, o Eterno criou “uma” alma para o ser humano. E ao entregar esta alma a este ser, dividiu-a em “duas”. Ou seja, “metade” para o homem (macho), e metade para a mulher (fêmea).

Por isso, 40 dias antes de um ser humano nascer, uma “voz celestial” diz: “...’Fulano’ é alma gêmea com ‘Beltrana’...”

O relato do Genesis nos fala que o Eterno criou o “homem” (“ser de sangue” – Adam) e depois a “mulher” (“ser de vida” – Chavá – Eva). Mas é só quando eles se encontram, e se unem, é que se fala do “ser humano”. Antes da sua união, são apenas “homem” e “mulher” – Seres “pensantes”, mas “individuais”... Incompletos. Cada um com os seus instintos, desejos, sonhos, medos e ambições e... Frustrações.

Quando o “homem” e a “mulher” se juntam (e aqui não me refiro à uma simples ”aventura”, um “ficar”, ou um “namorico” qualquer), estes “fundem-se” em um único ser, o “ser humano”, capaz de refletir a “imagem” e a “semelhança” do seu Criador. Esta união afeta não somente o mundo físico, mas como também o mundo espiritual.

Talvez seja por isso, que no dia do casamento, o Eterno permite que as almas de 3 gerações de antepassados, possam testemunhar o casamento dos seus descendentes. Alem de perdoar todos os pecados que o casal tenha cometido anteriormente. Claro que é assim que o judaísmo vê as coisas, já o cristianismo, vê as coisas de outra forma.

A Escolha:

O judaísmo, e especialmente a Cabalá (ou Kabalah), nos ensina que somente poderemos experimentar a “plenitude” em todas as áreas da nossa vida, somente quando encontramos a “pessoa certa”, ou seja, à nossa “alma gêmea”. Isto é muito excitante. Mas também pode ser muito frustrante.

Vamos pensar um pouco: O que aconteceria, se os que se unem não possuem a metade da alma original? Ou seja, e se foram duas metades de duas almas diferentes? O que acontece?

E se formos levar esta idéia adiante... O que pode acontecer com aqueles que se unem por alguma situação, ou circunstancia, aléia à sua vontade. Como por exemplo, no caso de gravidez indesejada, por conveniência econômica, política, religiosa, ou o pior dos casos: pura precipitação?
Será que, se não encontramos a nossa “alma gêmea”, estamos condenados à infelicidade e frustração eterna?

O judaísmo nos ensina que o Eterno nos criou, alem de uma “inteligência”, que nos permite comer “com garfo e faca”, com uma “consciência”. Esta “consciência” tem a capacidade de “avaliar situações” e “tomar decisões”, ou seja, “escolhas”.

Seja para o “bem”, ou seja, para o “mal”. Nossa consciência é 100% “livre” para escolher entre mais de um caminho (ou alternativas).

Mas como podemos exercer este maravilhoso dom? A verdade é que muitas vezes não queremos usar este dom. Pois por trás de cada “escolha”, existe uma “conseqüência”. E como temos o conhecimento cognitivo deste principio, odiamos ter que tomar decisões. Principalmente aquelas que afetam a nossa “zona de conforto”, quando achamos que estamos seguros em nosso mundinho. Por isso, as mudanças nos assustam.

É certo que D’us (e não o diabo), cria situações que constantemente nos coloca no “fio na navalha”, onde somos obrigados a ter que tomar uma decisão. E estas situações nos impelem a escolher pelo “bem”, ou escolher pelo “mal”. Então nossos atos serão julgados.

Podemos dizer um monte de coisas sobre nos mesmos, como por exemplo, que somos: bons, justos, fieis, religiosos, amáveis, compreensivos, companheiros, humildes, etc, etc... Mas, somente quando o nosso caráter é “provado”, através de uma pessoa, situação ou circunstancia, é que vemos quem realmente somos.

Se escolhermos o “bem”, seremos recompensados com o “bem”. Mas se escolhermos o mal, seremos recompensados com o “mal”. Isto nos parece obvio e justo. Não é a toa que as mensagens dos filmes, com raras exceções, é que sempre “o bem sempre ganha”.

Mas o que ignoramos, é que isto não é uma lei universal. Às vezes, “coisas más” acontecem com “pessoas boas”, assim como “coisas boas” acontecem com “pessoas ruins”. Mas isto é outra historia...

Esta capacidade de escolha é o que chamamos de “livre arbítrio”.

É aqui que começa a historia...

Não pense que D’us complica as coisas. Ele sempre vai dar um jeito de que as “almas gêmeas” se encontrem, mesmo que nasçam em países diferentes. Por outro lado, D’us, contrariando os movimentos GLS, não vai colocar as almas gêmeas em dois homens, ou em duas mulheres. Sempre as “almas gêmeas” são compartilhadas entre um homem e uma mulher.

Mas como saber se a pessoa com a qual estamos é a nossa “alma gêmea”? A resposta é simples: “nunca você vai ter certeza”. E por que? Porque você precisa exercitar, sempre, o seu “livre arbítrio”.

Para ajudar, existem algumas “pistas” que vão nos mostrar se estamos com a nossa “alma gêmea” ou não, é isto que vamos mostrar mais adiante.

Você deve entender que tudo está sujeito ao nosso “livre arbítrio”. Logo, você pode até encontrar a sua “alma gêmea”, ter as pistas necessárias que mostram isso, mas por uma questão de “escolha”, você decide por outro caminho. Você perdeu a sua “alma gêmea”, mas cresceu ao exercer o seu livre arbítrio.

Por outro lado, você pode não estar com a sua “alma gêmea”, mas o seu “livre arbítrio” escolhe esta pessoa assim mesmo. Você perdeu a sua “alma gêmea”, mas cresceu ao exercer o seu livre arbítrio.

Isto é muito interessante, pois você pode não estar com a sua “alma gêmea”, e mesmo assim, ser feliz. Como você pode estar com a sua “alma gêmea”, e não ser feliz. Tudo depende do exercício do seu “livre arbítrio”.

Mas se é assim, que vantagem tem de conseguir sua “alma gêmea”?

A Cabalá (ou Kabalah) nos fala que somente com a nossa “alma gêmea” é que poderemos ser “completos”. Ou seja, somente com a nossa alma gêmea alcançaremos a plenitude material, saúde, espiritual, etc., que nos está reservada. Mas se não escolhemos a nossa alma gêmea, poderemos chegar muito perto da plenitude, e nos contentarmos com isto, mas nunca seremos plenos.

Como podemos ver, tudo se ressume às “escolhas” que fazemos. O Criador não decide por nós. De pouco vai adiantar dizer: “vou rezar, e esperar para ver o que o Eterno decide por mim”. Não se engane. D’us realmente espera que nos tomemos a decisão. Para isso fomos criados.

Sabendo escolher:

A cultura Anglo-Saxônica nos legou duas doutrinas que exercemos inconscientemente, e quase que diariamente. A 1ª diz: “eu mereço!”, e a segunda, e mais famosa, diz: “não é da sua conta!”. Estas doutrinas nos têm empurrado para toda sorte de tragédias, principalmente as tragédias do relacionamento afetivo.

Se conversarmos com os nossos conhecidos, com raríssimas exceções, estes vão concordar que é necessário “experimentar antes”, para ver “depois” se há jogo. Este tem sido o comportamento “default”, que temos aprendido através da mídia anglo-saxônica que atravessou nossa cultura tupiniquim.

Mas veja o que as maiores universidades, destas mesmas nações saxônicas, têm a dizer.

Pesquisadores da Universidade de Cornell, na Nova Escócia, levaram 10 anos para concluir que os jovens casais, que começaram suas atividades sexuais “antes” do casamento, têm um aumento expressivo na quantidade dos sintomas “psiconeuróticos”, comparados a casais da mesma idade, que começaram o sexo “depois” do casamento.

Você pode não concordar com esta pesquisa, por isso vamos a trazer outras.

A Universidade de Harvard apresentou outra pesquisa, mostrando que as pessoas que se iniciaram no sexo de forma “descomprometida”, são mais “depressivas”, mais “ansiosas”, mais “agitadas”, com menor “auto-estima” e com mais “conflitos inibidores”, do que as pessoas que iniciam o sexo de forma “comprometida”.

A pesquisa conclui que os relacionamentos mais estáveis, são aqueles em que os pares iniciaram o sexo “após” a sua união. E que as maiores taxas de “traição” e “divorcio” estão entre os casais que se iniciaram sexualmente, antes da hora.

Outra pesquisa demonstra que a “parte boa” dos relacionamentos entre homem e mulher, tem data de validade. E isto foi uma baita surpresa. Segundo esta pesquisa, um home leva em média 18 meses para perder o interesse em sua amada. Já a mulher demora 36 meses para perder o interesse pelo seu amado.

Como podemos ver, para o homem, o relacionamento é sempre mais “superficial” e “efêmero” do que para a mulher. Então, as mulheres têm mais chances de se dar mal do que os homens, caso venham a escolher a pessoa errada.

Uma pesquisa da revista Veja nos mostrou que os chamados “quarentões” são muito mais comprometidos nos relacionamentos afetivos, do que os “vintões”. A explicação é simples: Todo “quarentão”, já foi um dia um “vintão”. E ele aprendeu, a duras penas, a como dar valor a um relacionamento. Os chamados “quarentões” não querem perder tempo com “aventuras”, querem ir direto para algo mais definitivo e duradouro. Em relação à paternidade, os “quarentões” vencem mais uma vez. Pois são muito mais carinhosos, equilibrados, companheiros e supridores, em relação à sua prole, do que os “vintões”.

Em 2002, a revista Veja apresentou uma pesquisa da UFRJ de “traição entre casais” brasileiros. O resultado foi “tragi-cômico”. A pesquisadora da UFRJ levantou os dados com o casal: marido na frente da mulher. E o resultado foi que 60% dos homens confessaram que já traíram suas esposas, e isso na frente da sua mulher! E as mulheres confessaram na pesquisa, que 47% das esposas já haviam traído os seus maridos, e isso na frente dos maridos!
  • A pesquisadora da UFRJ, no final da pesquisa, afirma que estes dados não representam a realidade, pois muitos casais, por vergonha, ou outra sensação qualquer, omitiram (ou esconderam) os dados. Ou seja, a realidade é bem pior.
Outro dado interessante, é que a taxa de divorcio no Brasil é de 50%! Isto quer dizer que no mesmo cartório onde são registrados “dois” casamentos, é registrado “um” divorcio.
Mas como isso acontece? O melhor, por que acontece?

Um dos principais motivos é por que os casais se conhecem da “forma errada”. Vamos dar um exemplo.

  • Um rapaz vê uma linda morena, de belas formas, alta, e de andar elegante, caminhando na praia. Os seus olhos percorrem todo o corpo da moça, dando algumas “paradas” em alguns detalhes do seu corpo. Qual será a primeira coisa que vai vir à mente deste rapaz? “Puxa vida! Como ela deve ser inteligente!”, ou, “Como essa garota deve ser bondosa!”. Acho que não...
Está provado cientificamente, que a visão do corpo feminino (principalmente quando tem pouca roupa) neutraliza a capacidade de “raciocínio” do homem. Já a mulher se importa menos com a beleza física do homem, e mais com o “conteúdo” da massa cinzenta do possível candidato.

E isto não está errado, é para ser assim. O problema está que estas armas de sedução, que o próprio Criador nos deu, podem ser usadas na hora errada, antes do tempo. E ai os resultados podem ser catastróficos, para ambos.

Na intimidade dos beijos, abraços e “amassos”, as pessoas liberam “endorfinas” e “anfetaminas”, que, adivinhe só, trazem uma sensação de “prazer” tremenda. É como se estivéssemos no Paraíso, tudo é um “mar de rosas”. Mas estas mesmas endorfinas e anfetaminas que nos dão prazer, inibem a capacidade de “avaliar”. O que significa que, depois da primeira “noitada”, as pessoas não poderão pensar com clareza, se esta é a pessoa poderia ser a sua “alma gêmea”, ou não. O “livre arbítrio” ficará comprometido.

Por isso, por volta do 2º ano do relacionamento, as pessoas se olham, e percebem que não mais se conhecem. Que não era o que elas imaginavam. O “príncipe” virou “sapo”, e a “princesa” virou uma “bruxa”.

Todas as “ilusões” depositadas no outro, viram “desilusão”. Então partem para outra aventura, carregando uma bagagem de traumas e frustrações, que vão se somar aos traumas e frustrações do futuro parceiro (a). Ou pior, passam a viver uma vida de aparências, uma vida “morta”. As chances de ser feliz ficam mais escassas.

Os opostos se atraem?

A máxima ocidental diz que “os opostos se atraem, e os iguais se distraem”. Isto pode acontecer muito bem no campo da física. Mas veja que interessante, no campo da química, os opostos podem até atrair-se, mas “não reagem”.

Uma recente pesquisa na Universidade de Nothingan (Inglaterra) mostrou que os opostos se atraem somente para relacionamentos “superficiais” e de “curta duração”. O tal do “ficar”.

Segundo a pesquisa (confirmada por outra pesquisa da Universidade de Chicago – USA), pessoas que se envolvem com pessoas completamente “opostas”, são pessoas de “baixa estima”, e que estão muito insatisfeitos consigo mesmo. Por isso buscam parceiros completamente diferentes, para ver se dão algum “sabor” às suas vidas insípidas. Mas logo que “experimentam” o oposto (que pode durar, semanas, meses e até anos), vem a sensação de que com esta pessoa, não se vai a lugar nenhum, a não ser a cama. Então se busca uma forma de descartá-los e se parte para outra.

Isto se conhece como “teoria da curvatura da vara”, que diz que, “quando uma pessoa, ou grupo, está descontente com sua situação, esta busca migrar para o lado exatamente oposto, e mais alem ao que estava anteriormente”. Por isso, pessoas descontentes consigo mesma tendem a radicalizar.

Mas um casal que tem objetivos em comum, tem muito mais chances de dar certo, do que os “opostos”. Agora, ter coisas em comum não significa que ambos tenham que pensar da mesma forma. Não significa que tem que gostar da mesma musica, ou torcer pelo mesmo time de futebol. Individualmente, as pessoas podem ter ambições diferentes, o que é perfeitamente compressível, pois não existem duas pessoas com a mesma cabeça. D’us já nos fez diferentes.

Mas para que um relacionamento tenha futuro, ambas as partes (como diriam meus amigos advogados) têm que estar consciente que os “seus planos”, também são “os planos do outro”, e mais ainda, que o outro está “incluído” em estes planos. Só assim, ambos lutarão pelo “mesmo objetivo” (perceba que usei o singular e não plural).

Relacionamentos em que as partes não se interessam pelo “particular” do outro, ou que vivem uma vida pessoal e outra de casal, não darão certo. Por isso, relacionamentos inter-religiosos são desaconselhados. A “cosmo visão” do casal tem que ser a mesma, a micro-visão não.

Isto muda as regras do “jogo da vida”, pois quando conhecemos alguém, a não ser que não tenhamos nenhum caráter, a idéia não é ter prazer “prêt-à-porter”, mas “conhecer” a pessoa que estamos começando a amar.

A Torá usa um jogo de palavras interessante. Ao invés de dizer que Adam “amou” a Eva, diz que Adam “conheceu” a Eva. Assim como Isaque “conheceu” a Rebeca, e não Isaque “amou” a Rebeca. Por quê? Pois em hebraico, a palavra “yada”, que significa “amar”, pode ser trocada tranquilamente pela palavra “conhecer”.

Os catalisadores:

O grande Rei Salomão, o maior sábio que o mundo já viu, nos deu no seu livro “Shir haShirim” (Cântico dos Cânticos), 4 elementos que nos ajudam a buscar e identificar o verdadeiro e grande amor das nossas vidas.

1. Nos “amamos” a quem “admiramos”. Apesar dos defeitos, nos reconhecemos e admiramos as suas “qualidades”, sejam estas profissionais, espirituais, ou humanas. Ou seja, suas características interiores. Temos que ter em mente que poderia ser com esta pessoa, que passaremos o resto das nossas vidas. Isto transforma o outro em nosso(a) maior e melhor amigo(a), amante, confidente, conselheiro(a) e em alguns casos, até psicólogo(a).
  • O sábios aconselham que busquemos sempre por 3 (três) qualidades básicas na pessoa amada. Independente das demais qualidades, a pessoa amada tem que ser no mínimo: “Bondosa”, “Piedosa” e “Recatada”. Na ausência destas três qualidade, os sábios aconselham: “se afasta, pois vai dar problema mais cedo, ou mais tarde”.
2. Nos “amamos” quando entendemos que “os nossos sonhos podem ser concretizados junto com a outra pessoa”.
Isto é muito sério, pois significa que para compartilhar sonhos, é necessário muita conversa entre o casal. Seja tomando um guaraná, ou um sorvete, ou dando voltas na Lagoa do Taquaral, fazendo compras no Shopping. O conselho, é verificar se os seus sonhos, são os nossos sonhos.
Por exemplo: O mesmo tipo de casa, ou reforma. O mesmo tipo de educação que será dada aos filhos (que em algum momento vão aparecer em cena). Os mesmos planos financeiros. Morar no mesmo lugar. E a visão, de que daqui a 50, 60 ou 70 anos, ainda estejam juntos. Mas se um quer “uma” coisa, e o outro que “outra” completamente diferente, então não vai dar certo.
Por citar os filhos, devemos lembrar que jamais os filhos devem ser “o centro” da união, e nem o “motivo” da união, mas apenas o “resultado” da união. Muitos casais terminam o seu casamento quando os filhos estão grandes e saem de casa. É como se a “missão” se resumisse a botar 2 ou 3 filhos no mundo, cuidar deles, e agora que estão prontos, cada um parte para o seu lado, pois “o que os unia, já se foi”.

3. Nos “amamos” quem nos “ama”. Não parece obvio demais? Ninguém vai querer “sofrer de graça”, se apaixonando por alguém que não está nem ai para nós. Ou pior, quando nos considera o seu amigo(a).
Não podemos ser masoquistas ou platônicos, queremos amar e ser correspondidos. Deixe este sentimento para as novelas da Televisa. Mas muitos casais (casados e não casados) não são recíprocos.
O amor se prova, não por palavras, mas por “ações”. Vamos dar um pequeno exemplo: Imaginemos que o homem foi viajar, a trabalho, num lugar um tanto distante. Ele sabe que a sua amada gosta muito de “Chocolate ao Leite”, mas ele é louco por “Meio Amargo”. Então, mesmo ele detestando o “Chocolate ao Leite”, ele vai numa loja cara, e vai pagar até 4 vezes o preço do similar que pagaria no supermercado da esquina da sua casa. Quando ele chega em casa, antes de entrar, diz: “olha o que te trouxe...”. Ela vai entender (a mulher é muito mais sensível do que o homem), que mesmo estando viajando, com todo o stress do trabalho, ele não deixou de pensar nela. O que acontece quando nos sentimos amados? Retribuímos numa intensidade maior. Lembre: “Amor gera amor”.

4. Nos “amamos” quem nos dá “prazer”. Obviamente aqui se inclui o prazer físico, o prazer sexual. Mas não somente este tipo de prazer que estamos abordando, estamos falando de um prazer mas amplo. É o prazer de poder olhar-la(o), de poder estar com ela(ele), de poder senti-la(o), de conversar com ele(a), de estudar com ele(a), de andar com ele(a).
Neste mesmo assunto, podemos destacar, que apresentar nossa(o) escolhida(a) à nossa familia e amigos vai nos encher de orgulho. Se isto não acontece, se temos vergonha de mostrar nosso par, então podemos deduzir que "algo" está errado.

Você já ouviu alguma musica de algum compositor que criou a musica quando ele estava amando e sendo amado? Como são lindas! As palavras podem ser simples. A métrica pode não ser das melhores. A rima pode deixar a desejar. Mas uma coisa não se pode negar: A música transmite “vida”. Agora, já ouviu uma musica de um compositor que estava amando e não era correspondido. Ou de alguém que perdeu o seu amor. Ou pior; que foi enganado pela pessoa amada. Quanta diferença!

Nossa Inspiração:

Os gregos acreditavam que Zeus (o deus maior do panteão grego) teve um caso amoroso com Mnemesyne. Desta união, nasceram 9 filhas, que inspirariam os homens nas artes, astronomia, comedia, eloqüência, musica, historia, danças, etc. Estas filhas de Zeus eram chamadas de “Musas Inspiradoras”.

Quando estamos com a “pessoa certa”, esta passa a ser a “fonte” da nossa “inspiração”, a “nossa força”, e a nossa maior “motivação”. Porem, lamentavelmente, muitos não atingirão este estágio. Para estes, seus pares serão apenas os seus pares, mas nada. Estar com os amigos, ou em ambientes alegres, é bem melhor do que estar com o seu par.

Mais um item que pode nos ajudar a entender se encontramos a nossa “alma gêmea”, ou não, é que as pessoas em volta ao casal beneficiam-se destes. Como? Eles “emanam” alegria, amor, amizade, etc. Se tornam um casal que podem modificar positivamente todo um ambiente.

Lembra do seriado dos anos 80, chamado de “Casal 20”? Pois bem, aqui temos um bom exemplo. Claro que o seriado é pura ficção, mas sua vida não.

Sem mascaras:

No mundo que vivemos, somos treinados desde pequenos, a usar mascaras. Se nascermos em um lar desequilibrado, o que é muito provável em nossos dias, um dia já vimos o nosso pai usar uma máscara para se relacionar com a nossa mãe, e vice-versa. Vimos até, suas vidas duplas.
Em nossos dias, são poucos os que tiveram a chance de nascer em um lar autentico. E assim, seja na escola, no clube, e principalmente no ambiente de trabalho, tudo o que aprendemos, é usar mascaras.

Mas quando estamos com a “pessoa certa”, somos apenas o que somos. Não usamos mascaras, nada de vida dupla. Esta é uma área que as mulheres dominam bem, pois elas são mais autenticas do que os homens.

Talvez seja por isso, que diante dos grandes amigos somos tão autênticos, pois não temos nada a esconder. Mas a pessoa amada não é um(a) amigo(a). É aquilo que um amigo nunca poderá ser, a nossa “alma gêmea”.

Por falar em amigos, algumas pessoas, já desiludidas com más experiências passadas, começam a olhar alguns amigos, de longos anos, com olhos diferentes, na busca, quem sabe, de um “affair” que poderia dar certo. Mas isto, com raras exceções, não vai acontecer. Um amigo, segundo as Escrituras Sagradas, pode ser maior do que o próprio irmão de sangue. Mas nunca será o complemento da sua Alma.
  • Lembre que “escolhemos” os nossos amigos por critérios completamente diferentes dos que usamos para escolher o nosso par. Se somos “São Paulinos”, dificilmente introduziremos no nosso circulo de amizades um “Corintiano”, é conflito gratuito. Lembre que entre amigos há muito mais coisas em comum, do que entre os pares. Com o nosso par não escolhemos, simplesmente acontece.
Seja imediatamente (o tal de “amor a primeira vista”). Ou, levando alguns meses, vendo, observando, sentindo, avaliando... Quando olhamos para ela(ele), a(o) vemos de forma diferente.

Diante desta pessoa, num primeiro momento, nos sentimos um tanto inseguros. É como se ela(ele) tivesse em suas mãos o botão de “liga-desliga” de nossas vidas. A linguagem dos olhos entra em ação, e fala muito mais alto e claro do que as palavras (que as vezes, simplesmente somem de nossa mente). Por isso, não é raro ver que os que nos rodeiam (trabalho, escola, amigos e família) percebam primeiro de que gostamos de alguém em especifico, mesmo antes de nós. Pois o nosso olhar, já nos delatou.

Mas, não é apenas porque “rolou uma química”, é que já vamos nos aventurar em algo maior, lembre que temos uma mente que pensa. A química diz, “... Eureka! É ela(ele)!” Mas a mente avalia e diz, “agora não, vamos ver mais um pouco...”.

Você me enganou!

Quando você olha para o seu futuro par, você já sacou os seus defeitos? Se sim. Meus parabéns! Senão, volte ao inicio do jogo, e comece tudo novamente.

Um dos grandes problemas no relacionamento entre as pessoas, é que sempre descobrimos os seus defeitos, tarde de mais... Mas porque não descobri-los antes? O que nos impedia ver os defeitos? Será que a pessoa amada(o) nos enganou?

Não, nem sempre o nosso par nos enganou. Quem nos enganou, foi... Adivinhe quem? Exato! Nos mesmos!

Depositamos tantas ilusões em nosso relacionamento, e na outra pessoa. Que imaginamos que com ela(ele), a nossa vida será melhor. Doce ilusão... Alguns matam, e se matam, quando perdem o seu amor.

O relacionamento a dois nunca mudou ninguém para melhor, mas muito pelo contrário. O relacionamento a dois tende a exponenciar o que já somos. Relacionamento a dois será um eterno desgaste, que pode ser direcionado para o “bem”, ou para o “mal”. Não depende do homem, ou da mulher, mas depende de ambos.

A mulher idealiza o seu par numa proporção muito maior do que o homem. Lembre que em 18 meses o homem já começa a cogitar a possibilidade de cair fora do relacionamento. Por isso, “parece” que os reais defeitos começam a aparecer por volta do 2º ano de relacionamento. Mas estes defeitos sempre existiram! Apenas não eram visíveis, pois não queríamos ver a realidade. Agora que o fogo da paixão abaixou, o cérebro começa a funcionar... Avaliar... Questionar... Comparar...

Por que você não muda?...”, ou “Mas, quando você vai mudar?...”, ou pior “... por que você não cresce!”. Quantas vezes escutamos isso de nossos pares? Parece que somos o erro encarnado. O cristianismo diz, “... vamos orar, e pedir para que D’us mude ela(ele)”. Alias, e aqui vai minha critica, uma das maiores entradas de dinheiro nas igrejas são oriundas de orações em que os lideres pedem para que D’us mude alguém em pró do outro. Mas, não foi o próprio Criador que nos fez como somos?

Já a mente judaica pensa diferente: Você não pode pedir que D’us mude alguém. Cabe a você decidir, se vai querer esta pessoa para você, apesar de todos os seus erros. Viu a diferença?

Então não se martirize se alguém não é como você esperava. Não fantasie. Apenas avalie, e muito bem, respire fundo e descida se “sim” ou se “não”. E nunca imagine que o casamento vai melhorar a pessoa. Isto nunca acontece.

Saiba quem é o mais elevado:

Nascemos e vivimos em uma sociedade machista, principalmente na América do Sul, onde na mídia, a imagem feminina está sempre ligada a um produto “prazeroso”, como cerveja, carro, perfumes, etc. O que se deve esperar de uma sociedade destas?

Não é a toa que as maiores perolas do machismo latino-americano dizem: “Mulher tem que ser como liquidação de magazine: Cama, mesa e banho”, ou “Mulher tem que esquentar a barriga no fogão, e esfriar no tanque”, ou “quem manda em casa sou eu”, ou, anote esta: “para o que eu quero, ela não precisa pensar”.

Para finalizar este texto, que ficou longo (eu reconheço), vou contar uma historia da Bíblia.
Pouca gente percebe, mas existe um gigantesco segredo no capitulo 1º de Genesis (que fala da criação de todas as coisas, e do homem), diz a Bíblia:

Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra." Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra." (Genesis 1:26-28)

Mas no capitulo 2 acontece algo estranho...

Ora, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden, do lado do oriente, e colocou nele o homem que havia criado. (Genesis 2:8)

Epa! Não eram homem e mulher? Cadê a mulher então? Por que o homem está sozinho no jardim do Éden?

Para complicar mais ainda...

O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada.” (Genesis 2:18)

Como estaria só, se ele já tinha uma companheira no capitulo 1º? Por acaso o homem, recém criado, já estava divorciado?

E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem. (Genesis 2:22)

Outra mulher? O que aconteceu com a 1ª?

A teologia cristã fechou pensamento em este relato, alegando que o capítulo 1º de Genesis é repetido no capitulo 2º. Uma boa saída...

Mas o judaísmo, que detém os direitos autorais da Torá, e especialmente a Cabalá (mística judaica) nos conta outra historia muito interessante...

Segundo esta historia, o Eterno teria criado a primeira mulher à partir do fogo. Por isso a palavra “ishá” (mulher) deriva da palavra “esh” (fogo).

Tanto o homem, como a sua primeira mulher, viveram bem por algum tempo... Mas o homem não exerceu com dignidade a autoridade delegada pelo Criador, e começou a abusar de sua autoridade em relação a sua mulher. Ele achou que era superior. Isso soa familiar?

Um belo dia, o homem obrigou à sua mulher a fazer algo que ela não queria. Ao ver a recusa da sua ordem, o homem invocou todo o poder que havia recebido do seu Criador e forçou a sua mulher. Esta se defendeu dizendo que ela, que era feita do fogo, não se submeteria aos caprichos de um ser de barro. Então, desesperada, a mulher invocou um dos nomes secretos de D’us e desapareceu da presença do homem.

Ela se transforma em “Lilith”, o demônio da noite, que é mencionada no livro de Isaias 34:14. Mas as traduções cristãs esconderam o seu nome e a traduzem como “coruja”, ou como “animal noturno”, pelo fato de “Lilith” se tornar um ser noturno.
  • Para os mais modernos, Lilith seria a primeira voz feminista a gritar nas sociedades patriarcais machistas.
Agora podemos entender melhor o espanto e admiração de Adam ao ver sua 2ª mulher...

“Eis agora aqui, disse o homem, o osso de meus ossos e a carne de minha carne; ela se chamará mulher (ishá), porque foi tomada do homem (ish).” (Genesis 2:23)

Todas as manhãs, os judeus religiosos, rezam dizendo: “Bendito sejas Tu Eterno, nosso D’us, que não me fizestes mulher”, enquanto as mulheres religiosas rezam dizendo: “Bendito sejas Tu Eterno, nosso D’us, que me fizestes como sou”. Isto não seria um pensamento machista?

Para quem não conhece a religião judaica, com certeza sim. Mas para quem está do lado de dentro, isto tem outro significado. Enquanto o homem é obrigado a usar um "kit" religioso: “Kipá”, “Talit”, “Tzit-tzit” e “Tefilim”, a mulher não usa nada disto. Enquanto o homem deve freqüentar uma sinagoga, ou lugar de oração, a mulher não é obrigada. Enquanto para o homem o estudo da Torá é obrigatório, a mulher nem precisa estudar. Por que?

Porque o judaísmo ensina que se o homem é a purificação da terra, a mulher, ao ser criada do homem, se torna a purificação da purificação. Em outras palavras, a mulher é superior ao homem.
  • Que pena que somente um pequeno grupo de homens pensa assim. A grande maioria pensa o contrario.
Só existe um único ponto em que a mulher é inferior, na força. Isto significa que tudo o que a mulher espera de nós, é apenas a nossa proteção. Isto é tudo. Em todos os demais quesitos, ela leva a vantagem.

Isto também implica que nunca iremos entender as mulheres, apenas as aceitamos como são, e as apoiamos.

As mulheres são dotadas de um enorme e sofisticado sistema de radar. Basta uma olhada em seu companheiro, e ela tira um “raio x” completo da situação. Enquanto o homem não consegue entender que sua amada está querendo apenas um chocolate.

Mas as mulheres querem ser “descobertas” por seus amados, principalmente pelo olhar. Mas estamos cansados, queremos comer, assistir o jornal nacional e ir dormir. Isto fica mais trágico na hora do sexo. Para o homem são 10, talvez 15 minutos de prazer, mas para a mulher foi o dia todo de preparação.

Final:

Buscar a sua alma gêmea será a maior aventura da sua vida. É mais importante do que a sua carreira ou seus negócios. Indo mais longe, será mais importante do que seus pais ou até filhos. Será a busca pela pessoa com quem você compartilhará toda a sua vida. Não vale a pena lutar por isto?

Uns vão encontrar sua alma gêmea em outro pais, outros terão mais sorte e a encontrarm "numa fila de um cinema ou numa mesa de bar" quando menos esperar...

Boris

sábado, 10 de janeiro de 2009

E se fosse no Brasil...

No dia 06/01/2009, o jornalista da Folha, João Pereira Coutinho, de forma muito pedagogica, traduziu o "recente" conflito na Faixa de Gaza.

A opinião publica tem se polarizado ao lado do sofrido povo palestino, criticando duramente, as "supostas" atrozidades que Israel estaria cometendo na Faixa de Gaza. Somente os E.U.A. tem se posicionado a favor de Israel, e recentemente o proprio Egito, que em outros tempos foi um dos maiores opositores ao Estado de Israel.

No Brasil, pouco se "sabe", ou se "entende", deste conflito. O que levou o nosso querido presidente Lula a tecer comentários que mostram um total desconhecimento da causa.

Com vocês, a didática crônica de J.P. Coutinho...

Boris

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Israel está novamente em guerra com os terroristas do Hamas, e não existe comediante na face da Terra que não tenha opinião a respeito. Engraçado. Faz lembrar a última vez que estive em Israel e ouvi, quase sem acreditar, um colega meu, acadêmico, que em pleno Ministério da Defesa, em Jerusalém, começou a "ensinar" os analistas do sítio sobre a melhor forma de acabarem com o conflito.

Israel luta há 60 anos por reconhecimento e paz. Mas ele, professor em Coimbra, acreditava que tinha a chave do problema. Recordo a cara dos israelenses quando ele começou o seu delírio. Uma mistura de incredulidade e compaixão.

Não vou gastar o meu latim a tentar convencer os leitores desta Folha sobre quem tem, ou não tem, razão na guerra em curso. Prefiro contar uma história.

Imaginem os leitores que, em 1967, o Brasil era atacado por três potências da América Latina. As potências desejavam destruir o país e aniquilar cada um dos brasileiros. O Brasil venceria essa guerra e, por motivos de segurança, ocupava, digamos, o Uruguai, um dos agressores derrotados.

Os anos passavam. A situação no ocupado Uruguai era intolerável: a presença brasileira no país recebia a condenação da esmagadora maioria do mundo e, além disso, a ocupação brasileira fizera despertar um grupo terrorista uruguaio que atacava indiscriminadamente civis brasileiros no Rio de Janeiro ou em São Paulo.

Perante esse cenário, o Brasil chegaria à conclusão de que só existiria verdadeira paz quando os uruguaios tivessem o seu Estado, o que implicava a retirada das tropas e dos colonos brasileiros da região. Dito e feito: em 2005, o Brasil se retira do Uruguai convencido de que essa concessão é o primeiro passo para a existência de dois Estados soberanos: o Brasil e o Uruguai.

Acontece que os uruguaios não pensam da mesma forma e, chamados às urnas, eles resolvem eleger um grupo terrorista ainda mais radical do que o anterior. Um grupo terrorista que não tem como objetivo a existência de dois Estados, mas a existência de um único Estado pela eliminação total do Brasil e do seu povo.

É assim que, nos três anos seguintes à retirada, os terroristas uruguaios lançam mais de 6.000 foguetes contra o Sul do Brasil, atingindo as povoações fronteiriças e matando indiscriminadamente civis brasileiros. A morte dos brasileiros não provoca nenhuma comoção internacional.

Subitamente, surge um período de trégua, mediado por um país da América Latina interessado em promover a paz e regressar ao paradigma dos "dois Estados". O Brasil respeita a trégua de seis meses; mas o grupo terrorista uruguaio decide quebrá-la, lançando 300 mísseis, matando civis brasileiros e aterrorizando as populações do Sul.

Pergunta: o que faz o presidente do Brasil?

Esqueçam o presidente real, que pelos vistos jamais defenderia o seu povo da agressão.

Na minha história imaginária, o presidente brasileiro entenderia que era seu dever proteger os brasileiros e começaria a bombardear as posições dos terroristas uruguaios. Os bombardeios, ao contrário dos foguetes lançados pelos terroristas, não se fazem contra alvos civis -mas contra alvos terroristas. Infelizmente, os terroristas têm por hábito usar as populações civis do Uruguai como escudos humanos, o que provoca baixas civis.

Perante a resposta do Brasil, o mundo inteiro, com a exceção dos Estados Unidos, condena veementemente o Brasil e exige o fim dos ataques ao Uruguai.

Sem sucesso. O Brasil, apostado em neutralizar a estrutura terrorista uruguaia, não atende aos apelos da comunidade internacional por entender que é a sua sobrevivência que está em causa. E invade o Uruguai de forma a terminar, de um vez por todas, com a agressão de que é vítima desde que retirou voluntariamente da região em 2005.

Além disso, o Brasil também sabe que os terroristas uruguaios não estão sós; eles são treinados e financiados por uma grande potência da América Latina (a Argentina, por exemplo). A VENEZUELA, liderada por um genocida, deseja ter capacidade nuclear para "riscar o Brasil do mapa".

Fim da história? Quase, leitores, quase. Agora, por favor, mudem os nomes. Onde está "Brasil", leiam "Israel". Onde está "Uruguai", leiam "Gaza". Onde está "VENEZUELA", leiam "Irã". Onde está "América Latina", leiam "Oriente Médio". E tirem as suas conclusões.

A ignorância tem cura. A estupidez é que não.

João Pereira Coutinho.